terça-feira, 30 de junho de 2009

Você na TV.


No passado domingo desloquei-me ao Porto, para participar na Corrida das Festas da Cidade.

Foi a minha terceira “competição” este ano. Participei na meia-maratona Manuela Machado, em Viana do Castelo, em Janeiro, e também na maratona de Madrid em Abril. Poucas competições, dirão alguns, e é verdade. A verdade é que o treinar para provas mais longas tira-nos espaço e ritmo para participar em outras provas mais pequenas. No meu caso há ainda a “agravante” de eu ficar “viciado” nos treinos longos de 2 e 3 horas e depois custa-me trocar um treino de 20 ou 25 kms., em ritmo agradável, por uma corrida de 10 kms. São coisas diferentes.

De qualquer modo lá decidi participar nesta corrida, pois também é necessário imprimir um pouco de ritmo à minha corrida, o que sempre virá a dar geito em competições de distâncias maiores. Além do mais também sinto a falta de me envolver no meio sempre agradável e festivo das corridas e de encontrar alguns amigos que de outro modo não encontrarei.

Foi nesta perspectiva que me posicionei na linha de partida, tendo noção clara que não tinha ritmo competitivo, pois embora tenha continuado a treinar assíduamente, tenho-o feito em ritmos suaves, tipo treino para maratona.

Foi assim que fiz uma prova bastante agradável, tendo terminado no lugar 790º. com o tempo de 1:17:18 e tendo ficado com a clara sensação de que poderia, sem grande sacrifício, ter feito bem melhor. Mas certamente que terei feito o que o corpo e a cabeça me ditaram e se terminei com satisfação e alegria para quê pedir mais.

Ontem, no supermercado, um vizinho que costuma ver-me a correr, diz-me: “Você ontem parecia um atleta”. EU? Perguntei. “Sim, vi-o na televisão a correr na corrida das festas da cidade do Porto, parecia um campeão”. Dá sempre “geito”ouvir destas coisas. Obrigado vizinho.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Leões de treinos.

De um artigo da revista brasileira "Contra Relógio" retirei estes ensinamentos, que julgo bastante importantes e sempre actuais.
"Há corredores que acreditam que devem treinar muito (além) para obterem boas marcas. No entanto, se não houver o controle da carga e a programação de períodos de recuperação (pausa e repouso), o risco de cometer excessos será prejudicial à saúde do corredor e ao seu desempenho.
Não é difícil se cometer excessos durante a preparação para uma competição. Um treino longo com os amigos que não esteja programado, por mais confortável que seja o ritmo, pode prejudicar uma semana toda de treinos. O mesmo é válido para um treino intervalado em que o corredor acaba "embalando" nos desempenhos alheios e o treino passa a ser uma disputa sem sentido. Conclusão: o corredor não consegue cumprir com a programação estipulada (devido a uma intensidade superior às suas possibilidades) e desgasta-se ao extremo, prejudicando seus treinamentos posteriores. Há corredores que treinam muito e... competem muito mal. Os "leões de treinos" geralmente transformam-se em "gatinhos mansos" nas competições. Evite essa companhia em seus treinos!
O corredor que concentrar seus esforços em fazer uma preparação adequada (observando-se quilometragem, ritmo e repouso individualizados) tem mais chances de ver seu resultado melhorar com o passar do tempo. Nada se consegue facilmente, mas com dedicação, perseverança e muita disposição. Fórmulas milagrosas e treinos mágicos estão fora de cogitação quando o assunto é treinamento de corrida!"

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Está na hora de começar a estudar.


Para aqueles atletas que pensam correr uma maratona no próximo Outono, está na hora de começarem a "estudar". Aqui deixo uma lição que retirei do site do copacabanarunners, e que, com o devido respeito, transcrevo.
"A maneira mais eficiente de melhorar seu limiar de lactato é correr no seu ritmo de limiar de lactato atual, ou alguns segundos mais rápido. Isso pode ser feito tanto com corrida contínua (tempo run) ou sessões de intervalos longos no seu ritmo do limiar de lactato.
Esses treinos o fazem correr forte o suficiente para que o ácido láctico comece a acumular no seu sangue. Se você treinar em intensidade menor, o estímulo será fraco para melhorar seu ritmo do limiar de lactato. Já se correr mais rápido do que seu ritmo do limiar de lactato atual, irá acumular ácido láctico rapidamente e, desta forma, não estará treinando seus músculos para trabalharem pesado sem acumular ácido láctico. Durante esses treinos, quanto mais tempo você correr no ritmo do limiar de lactato, maior será o estímulo para melhorar.
Treinos no limiar de lactato devem ser corridos perto do seu ritmo em competições que durem uma hora. Para maratonistas avançados, isso geralmente representa o ritmo para corrida de 15 a 20 km. Esta deve ser a intensidade na qual o ácido láctico começa a acumular nos seus músculos e sangue. Em termos de freqüência cardíaca, o limiar de lactato ocorre entre 80% e 90% da freqüência cardíaca máxima, ou entre 76% e 88% da reserva da freqüência cardíaca em corredores bem treinados.
Você pode fazer alguns dos seus tempo runs em competições menos importantes de 6 a 10 km, porém tome cuidado para não se empolgar e realmente competir. Lembre-se que o ritmo ideal para melhorar seu limiar de lactato é correr no seu ritmo do limiar de lactato atual, e não muito mais rápido.
Uma sessão de treinamento típica para melhorar o limiar de lactato consiste de 15-20 minutos de aquecimento, seguidos de 20-40 minutos de tempo run e 15 minutos de desaquecimento. Os treinos de limiar de lactato nos meus programas de treinamento geralmente ficam dentro desses parâmetros, embora alguns programas incluam um tempo run mais longo na faixa dos 11 km. Os intervalados no limiar de lactato são tipicamente 2 a 5 repetições de 5 minutos a 3 km no ritmo do limiar de lactato com 2 ou 3 minutos de intervalo entre as repetições. Para corredores que competem em corridas mais curtas, tanto tempo runs quanto intervalados no limiar de lactato são excelentes formas de preparação. Porém, para maratonistas, os tempo runs são melhores do que intervalados no limiar de lactato. Afinal, a maratona é uma corrida longa e contínua, e tempo runs estimulam mais as condições da maratona do que os intervalados no limiar de lactato. Há vantagens tanto psicológicas quanto fisiológicas nos tempos runs. A força mental extra necessária para realizar um tempo run quando você não está se sentindo ótimo será útil durante a maratona."

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A lição chegou do jardim.


Há cerca de dois anos que comprei uma pequena árvore num horto. Dediquei-lhe um lugar de destaque no meu pequeno jardim. Fiz o devido transplante e esperei que ela começasse a crescer e rápidamente se tornasse uma bonita árvore.

Esperei e desesperei. Durante dois longos anos ela alí se manteve e a única coisa que ela fez foi continuar viva. Coisa pouca!?

Para meu desgosto, não cresceu, não deu flôr, simplesmente marcou presença. Eis que, de repente, a árvore começou a desenvolver-se, a crescer a a dar flôr.

Tenho fé naquela árvore. Acredito que ela ainda vai cumprir o seu desígnio e dar-me a alegria de chegar à varanda e vê-la no esplendor da sua beleza.

Entretanto, a árvore teve de descobrir o seu próprio caminho e aprofundar as suas raízes e quando já ninguém acreditava nela, apareceu.

Também assim é a vida das gentes. Às vezes andamos por aí, não sabemos ao quê, até que chega a nossa hora. Saibamos esperar, o que não é fácil.

Esta pequena reflexão, aparentemente insignificante, motivou-me para o treino de ontem. Como de costume levantei-me cedo, só que a motivação para ir correr não era muita. Fui até à varanda e, olhando a tal árvore, quase sem dar conta, dei comigo a fazer esta reflexão.

Lá me equipei e fiz um bom treino.

Um dia, quem sabe, talvez consiga fazer menos de 4 horas numa maratona... seja eu capaz de seguir o exemplo da árvore.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Uma pequena maldade?







Há já longos anos que os amantes da corrida têm como referência, no mês de Junho, duas corridas especiais: a “Corrida das Fogueiras” em Peniche, que costuma ter lugar no último sábado de Junho, e a “Corrida das Festas da Cidade”, no Porto, que costuma acontecer por volta do dia 20 do mesmo mês.

Tem sido assim, desde que me lembro de participar em corridas.

Este ano, não sei porquê, algo mudou. A corrida de Peniche é no dia 27 à noite e a corrida do Porto é na manhã do domingo seguinte, o que desde logo inviabiliza a participação nas duas daqueles que ao longo de muitos anos se habituaram a marcar no seu calendário aquelas duas provas.

Não havia necessidade, creio eu. Desconheço os motivos que levaram a Runporto a alterar a sua tradicional data, pelo que não posso fazer juízos de valor. O que posso dizer, isso sim, é que o atletismo ficou a perder.

terça-feira, 2 de junho de 2009