sábado, 31 de outubro de 2009

deamanhãaquinzediasfazoitodias


É isso! De amanhã a quinze dias faz oito dias que eu fui correr a maratona do Porto. Vamos a ver se tudo vai correr bem. Espero que sim.

E qual vai ser o meu prémio? Que taça vou receber?

Bem, a “taça” que eu espero receber é conseguir terminar a prova sem sobressaltos e conseguir regressar a casa com boa disposição para aí desfrutar do devido prémio. E que prémio é esse? É, no domingo à tarde, sentar-me no meu sofá e com aquele olhar distante como quem está entusiasmado a ver um filme na TV, estar alí e ao mesmo tempo não estar, e conseguir ter alegria e boa disposição suficientes para rebobinar a cassete dos acontecimentos e “apanhar” boas recordações. Recordações tais como: o encontro com alguns amigos; um sorriso de uma velhinha que estava mesmo alí à saída do tunel da Ribeira a ver a maratona a passar; um “força José” de uma criança que alí estava em plena avenida da Foz, que me estendeu a sua mão e a quem eu dei um “tapa”; alguns momentos de fraqueza em que parecia que as forças iriam faltar mas que consegui ultrapassar; o passar por alguns colegas dando-lhes algum ânimo; o ser passado por outros, recebendo deles algum apoio; o chegar ao “muro dos 30 kms. e continuar mais alguns kms. a ver se o muro está mesmo alí ou não; é, finalmente, chegar à rotunda do castelo do Queijo, saber que já falta pouco, ir até ao Edifício transparente, e pouco à frente, iniciar a subida de algumas centenas de metros que me irão levar a passar o pórtico da chegada; olhar para o relógio e, dependendo do tempo de então, forçar um pouco, ou não, conforme esteja ao alcance um tempo pessoal “geitoso”;

Sim, um tempo pessoal geitoso. Mais do que um tempo geitoso não posso prometer.

E, acima de tudo, a satisfação de ter cumprido os objectivos a que me propus e, por isso, sentir o “ego” um pouquinho inflamado. Sim que para elevar a moral não há nada melhor que enfrentar desafios.

Também é certo que de amanhã a quatro semanas faz três semanas que corri a maratona do Porto e pode acontecer que nessa altura a minha disposição seja diferente, pois há sempre a possibilidade de de algo correr mal. Mas como não é disso que eu estou à espera toca a afastar maus pensamentos.

Por isso, de amanhã a uma semana lá estarei.

José Alberto

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A caminho do Porto.


Ontem foi dia de mais um treino mais ou menos longo. Foram vinte e cinco kms que completei em 2 horas e 25 minutos.
Terá sido o último longo antes da maratona do Porto no próximo dia 8 de Novembro.

Em geito de balanço final desta preparação devo dizer que nem foi boa nem foi má. Foi a possível. Creio que terá ficado um pouco aquém do esperado. Em relação à preparação para as minhas anteriores maratonas anteriores fiz menos treinos verdadeiramente longos. Longos, como eu acho que o são, terei feito dois, um de 28 e outro de 30 kms. Tirando estes dois, completei mais uma série de treinos (uns oito ou dez) com distâncias entre os 22 e os 26 kms. Contráriamente à maior parte dos colegas da blogosfera não participei em muitas provas. Fi-lo só por uma vez, o que aconteceu na meia-maratona de S. João das Lampas, em 12 de Setembro.

Por uma questão de auto-confiança gostaria de ter feito mais uns 2 ou 3 treinos de 28/30 kms. Contudo, o tempo foi passando e não foi possível. É engraçado que quando nos propomos a iniciar a preparação para uma maratona achamos que 120 dias é muito tempo. E é, de facto. Mas, no fim, quando damos conta, vemos que afinal não foi e que ainda ficaram coisas por fazer.

Entretanto, já só faltam 12 dias para o grande dia. O importante, para mim, foi ter conseguido, até agora, manter a motivação e sentir que estou em condições de alinhar à partida. Sem grandes receios, é certo, mas também sem grandes ilusões quanto a tempos, mas esse não é o meu campeonato.

Até lá vamos desfrutando o prazer de correr.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Choviam láminas de barbear.







Na passada quarta-feira foi dia de temporal, coisa a que nós já não estávamos habituados. Era dia de treino, o que quer dizer manhã de treino. Como de costume acordei bem cedo para me preparar, mas nem cheguei a levantar-me. È que era tanta e tão forte a chuva que nem sequer deu para equacionar se treinaria ou não. A decisão, claro, só podia ser não. É que, como se diz na gíria, “choviam canivetes”.

Nesse mesmo dia à tarde pensei que seria melhor aproveitar o bom tempo para ir correr, pois não sabia que tempo iria fazer na manhã de quinta-feira. Acabei por me decidir pela quinta-feira, pois desde que me habitui a correr de madrugada não quero outra coisa. Passada a fase inicial de habituação, por vezes difícil, acho que os treinos a esta hora do dia são muito mais agradáveis. Além disso há a vantagem de não termos desculpas para não treinarmos, pois é pouco provável que alguém ou algo nos dificulte um treino às 6 da manhã.

Assim, ontem, pela hora do costume, bem cedo, lá me preparei para correr. Que sorte, não chovia! Mas foi sol (?) de pouca dura pois ainda só tinha cinco minutos de corrida e logo começou a chover. Digamos que não choviam canivetes, mas, em termos relativos, e afinando pela mesma régua, acho bem que poderei dizer que choviam láminas de barbear. Acho que a comparação está razoável...

Nem sequer equacionei a hipótese de voltar para casa e lá continuei o meu treino de 70 minutos, sempre debaixo de uma chuva de láminas de barbear. Cheguei a casa completamente cortado, entenda-de molhado, mas nada que um bom banho não ajudasse a “secar “.

Foi um treino molhado mas bastante agradável. E, claro, é altura de nos irmos habituando a novas condições climatéricas que aí vêm para os próximos mêses. É que vêm aí frigoríficos, ventoínhas, canivetes, láminas de barbear e sabe-se lá que mais.

José Alberto

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Goooooooooolo! Goooooolo!


Muitas vezes temos dúvidas e entramos em conflito. Foi o que me aconteceu na última semana, durante a qual não conseguia decidir se iria correr a meia maratona de Ovar, hoje, ou se faria um treino de 30 kms.,ontem. Tratava-se de decidir entre o coração e a razão. Recebi alguns conselhos, que muito agradeço.

Chegada a hora da verdade, aconteceu aquilo que, no fundo, eu desde sempre pevia que viesse a acontecer. Optei por fazer o longo de 30 kms.

Foi o triunfo da razão. Na maior parte das vezes as coisas são fáceis de decidir, basta ouvir o coração e decidir com a razão.

Se eu tivesse dúvidas quanto à utilidade deste treino rápidamente elas foram dissipadas. Senti, de facto, a necessidade destes treinos longos. Nesta preparação para a maratona do Porto tinha feitos vários treinos de cêrca de 24 kms. mas só por uma vez tinha ido além (28 kms).

Assim, fiz-me à estrada com o objectivo de fazer um treino de 30 kms. em 3 horas, que é mais ou menos o ritmo que eu pretendo impôr a maratona. Depois de uns minutos iniciais mais lentos, consegui ir correndo e avançando os quilómetros a uma média de 10km/hora, tendo passado à meia maratona com 2 horas e cinco minutos. Consegui manter um ritmo sempre na média dos 5:40/5:50 até cerca dos 28 kms, altura em que o meu rendimento baixou bastante, tendo terminado os dois últimos quilómetros em 6:19 e 6:10.

De qualquer modo fiquei satisfeito, pois terminei com 2 horas e 59 minutos, tendo, assim, cumprido o meu objectivo principal. Foi, assim, caso para gritar: Goooooooooolo! Gooooooooolo! Não foi uma vitória por oito a um, mas, claro, eu também não sou o SLB.

Àparte a questão do tempo, deu para chegar à conclusão que o abastecimentos que tenho vindo a fazer (isostar power gel) não me estão a cair muito bem, pois, talvez por serem muito concentrados e doces deixam-se um pouco enjoado depois da corrida. Talvez tenha de descobrir outras alternativas (aceitam-se a agradecem-se sugestões...).

Quando fazemos estes treinos longos e acabamos exaustos com 30 kms. ficamos sempre com a dúvida sobre quem nos vai fazer os outros 12 kms., mas isso é coisa para decidir no dia.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Meia de Ovar. A minha "prova de vida".

Foi assim em 1992.

Foi assim de 1994 a 2007.
A minha história de "espécie de corredor" "confunde-se" com a meia-maratona cidade de Ovar.
Foram, até hoje, 15 participações. Ano após ano apontava esta prova e a sua data para fazer a minha "prova de vida". Foi a primeira corrida em que participei e desde então só falhei dois anos.
Foi em 1993, pois logo após a primeira prova em 1992 tive uma lesão grave nos joelhos (lesão de aprendiz cheio de entusiasmo) e estive parado vários meses. Tive de recomeçar e de reformular alguns conceitos.
No ano de 2008 também não participei, neste caso por opção (custosa), pois entendi que correr esta meia-maratona nesta altura não se enquadrava na minha preparação para a maratona do Porto que vinha 3 semanas a seguir. Por vezes temos que seguir a razão e não o coração...
Como vai ser este ano?
Bem... estou inscrito, tenho o dorsal 781, mas a decisão só será tomada no próximo sábado à noite. Nessa noite vou decidir se faço um treino longo (28 kms.) no domingo ou se me guardo para a meia de segunda-feira. A questão é que já só faltam pouco mais de 30 dias para a maratona do Porto e eu ainda só fiz um treino superior a 24 kms. Sinto que ainda me faltam alguns treinos de 3 horas.
Até lá o meu coração vai balançar.
José Alberto