quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Estranha(s) forma(s) de vida.


Domingo. 7 horas da manhã. Estaciono o meu carro no sítio de costume, perto da marina do Areinho, Ovar. Faço cerca de 10 minutos de corrida muita lenta, seguida de cerca de mais 10 minutos de ginástica, e estou pronto para a partida para mais um treino longo de fim de semana. Serão 24 kms. que irei fazer a uma média de 6 minutos por Km.

Lá me meto eu à estrada em direcção à Torreira, onde será o meu ponto de retorno. O dia está muito nublado. O nevoeiro está cerrado, poucos metros se vendo em frente. Nada que não seja habitual nesta zona a estas horas da manhã. Concerteza que no regresso o sol já estará a brilhar e terei a oportunidade de ver o seu reflexo nas águas da ria.

Ainda meio a dormir lá sigo eu. Aproxidamente com 500 metros de corrida começo a ouvir música em alto som e carros em alta aceleração. Sigo mais uns metros e passo em frente à discoteca “Rainbow” e noto que ali está a findar o dia. De copo e cigarro na mão, com olhares distantes, música em alto som, alguns jovens apressam-se a terminar o seu dia. Com olhar surpreso olham para mim. Talvez seja a mesma surpresa com que eu olho para eles.

Estranha forma de vida a deles?

Estranha forma de vida a minha?

4 comentários:

  1. Conheço bem essa estrada e a discoteca em questão pois quase semanalmente passo aí de bicicleta em treino.

    Sou relativamente jovem e também vivi essa fase das noitadas, álcool e discotecas há não muito tempo (ainda que moderadamente). Descobri posteriormente os incomensuráveis gozo e prazer advenientes da prática desportiva continuada.

    Quiçá alguns desses jovens da discoteca não se converterão à nossa (minha e sua) estranha forma de vida?

    De qualquer das formas, acho que, desde que a pessoa se sinta bem e não prejudique o próximo, todos os estilos de vida são válidos.

    Bons treinos.

    Cumprimentos
    RM

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  2. Com todo o respeito, pela "estranha forma de vida" desses jovens, penso que existe muito trabalho por fazer, de forma que esses jovens, se tornem numa "outra forma de vida" mais sã.

    Em Portugal os jovens estão mais inclinados, para as noitadas, os copos, etc, etc, do que para uma vida um pouco desportiva.
    A opcão de uma vida desportiva é muito melhor do que aquela que eles têm neste momento.

    José Xavier - Holanda
    http://josexavier1.blogspot.com

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  3. Caro amigo,

    Em tempos, também eu, passei por essa fase das noitadas. É verdade que nunca me deixei seduzir pelo tabaco e muito menos pelas drogas, mas a verdade é que houve uma fase em que as noites eram muito longas.
    Com o tempo e as responsabilidades que a vida se encarregou de me entregar, deixei esse tipo de vivência.
    Parece-me, por isso, que devemos entender a importância de deixar os jovens trilhar os seus próprios caminhos e ajudá-los a saber resistir, pela sua própria vontade, ao que for menos aconselhável.
    O caminho é estreito, mas não me parece que haja outro.

    abraço e bons trinos
    MPaiva

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  4. Todas as vidas são estranhas... até esta, a nossa... se pararmos um bocadinho que seja ... facilmente veremos como vivemos de forma estranha... às vezes até para nós próprios...

    Não esqueçamos que "nós" somos os "outros" para os "outros"... e eles, eles são "nós"... a olhar para os "outros"

    O que é "bom", o que é "mau", o que é "normal" ou "estranho", terá tantos significados quantos os seres humanos existentes na terra...

    de forma estranha(?)...

    Maria Sem Frio Nem Casa, a desejar-lhe uma óptima semana José

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