sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

COISA POUCA!



Poderia andar a treinar para uma qualquer maratona. Poderia ser para a maratona de Lisboa, que se realiza já no próximo domingo. Ou, quem sabe, para a maratona de Sevilha, que acontece em Fevereiro do próximo ano. Talvez, num cenário um pouco mais distante, mas mesmo assim não muito, para a maratona de Paris, em Abril de 2011.

Poderia até ser para coisas mais simples (?), como a Volta a Paranhos no próximo dia 8, ou alguma das S. Silvestres que por aqui se realizam perto do final do ano (Gaia, Porto). Poderia, ainda, ser para a meia-maratona Manuela Machado, em Viana do Castelo, no próximo Janeiro.

Mas não, o meu estado actual (ainda) não me permite tais abusos.

Assim, que resta a este atleta em recuperação? Pouco... muito pouco!

Tenho de me contentar com umas pequenas voltas, em percursos suaves, o que tenho feito regularmente (3 vezes por semana). São treinos de aproximadammente 60/70 minutos em que me limito a correr em ritmo suave, e em que a consolação que me resta é apreciar a natureza.

É verdade que também aproveito para sentir o fresco na cara, o corpo a aquecer, os poros a abrir, a luz do dia. Também para libertar o stress e para sentir o prazer de viver.

Além disso, pouco mais. Fica-me a consolação de poder apreciar o outono no seu melhor; as árvores com os seus inúmeros tons de castanho, verde ou amarelo. É certo que também posso apreciar o rio que por ali corre e que, nestes dias de chuva, quase salta para as margens; nuns dias com a água mais limpa e noutros com uma cor mais escura, fruto da terra que foi roubar às margens; ah, e há também por ali imensos patos bravos que aprecio com muito prazer e que se afastam para eu passar (obrigado patos!); abundam ali, também, pássaros vários, melros, pegas, etc.;
e que dizer daquela imensidão de folhas de várias cores caídas na estrada e dos carreiros nela traçados pelos pés dos atletas e outros caminhantes que por ali passam;

Assim, volta após volta, quilómetro após quilómetro, só me restam estas coisas simples.
E também, já agora, à medida que o tempo de treino vai avançando, uma grande paz, a paz de quem está de bem consigo e de bem com os outros.

Coisa pouca!?

José Alberto

4 comentários:

  1. Amigo José Alberto
    "Coisa pouca?" O meu amigo fez "inveja" com aquilo de que dispõe para sorver a natureza e pelo tempo de "corrida suave" e com uma regularidade significativa que, no fundo, é a única que nos convém fazer.
    Fico contente por saber que essa "coisa pouca" é aquilo que todos gostaríamos de ter durante muitos anos.
    Grande abraço.
    FA

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  2. depois de alguns meses finalmente o que parece a ultima fase de recuperaçao é ter calma que a coisa vai - Força

    Paulo Martins
    Leoes de Kantaoui

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  3. Parabens amigo, é isto ai, força e desistir nunca, abraços.

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