quarta-feira, 8 de abril de 2009

Dele diziam ser um homem de coragem.


...começou a sentir um cheiro estranho. Era cheiro a fumo. Não ligou muita importância ao facto. Talvez fosse de alguma queimada numa mata ou quintal das redondezas. Continuou a ler.

Notou que o cheiro ia ficando cada vez mais forte; agora cheirava mesmo a queimado. Sentiu também o ar a ficar mais quente. Que se passaria? Olhou para a porta que estava atrás de si e viu fumo a passar por debaixo da mesma, fumo esse que começava a invadir-lhe o quarto. Começou a entrar em pânico. O quarto começava a ficar cheio de fumo e o ar quase irrespirável. O ambiente ficava demasiado quente. De repente viu chamas que começavam a queimar a porta do quarto. Não havia saída. Era preciso fazer alguma coisa. O medo tomou conta dele. Não sabia o que fazer.

Esperou; aguardou enquanto pôde. Já não conseguia respirar, tanto era o fumo à sua volta. Agora eram as chamas que começavam a chegar perto de si. Demasiado perto.
Só tinha uma saída. A janela do quarto do seu segundo andar. Saltar em queda livre para a rua?

Tinha que ser! Não havia escolha. Aterrorizado subiu ao parapeito da janela e atirou-se para a rua.

Cá em baixo algumas pessoas assistiam à queda.


Dele diziam ser um homem sem medo. Dele diziam ser um homem de coragem…

1 comentário:

  1. O medo e a coragem fazem parte do quotidiano de todos nós, sem excepções, o perigo esse sim varia e para o vencer a maior parte das vezes tem de se aliar as duas vertentes, medo e coragem, umas vezes sai bem outras nem tanto...
    Abraço.

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