sábado, 10 de abril de 2010

Centro de alto rendimento em Vermoin.





A atleta Rosa Oliveira, com quem todos nós, ou pelo menos os atletas do norte, já se têm cruzado inúmeras vezes por estas estradas fora, deu uma entrevista ao JN. Agradável de ler essa entrevista e que no fundo constitui uma homenagem a uma atleta que sem ter atingido o estatuto de uma Rosa Mota ou de uma Fernanda Ribeiro nem por isso deixa de ser um bom exemplo a ter em conta.
Mas, o que me chamou mais a atenção foi a parte da entrevista em que a Rosa Oliveira fala das condições (ou da falta delas) para treinar, e dos esquemas que arranjou para conseguir reunir o mínimo de condições.

Passo a citar:
“A correr desde os 10 anos, a atleta sénior lamenta a falta de investimento dos grandes clubes no atletismo. "Houve alturas em que os clubes investiam nas equipas e apostavam no atletismo. Agora é só futebol", referiu. Até nas infra-estruturas, diz Rosa Oliveira, Portugal é pobre. "Treino na estrada, sempre em paralelo, porque é quase impossível encontrar terra que se possa pisar. Está tudo cheio de alcatrão e precisamos de terra para correr", salientou. Para poder correr em terra, fez uma espécie de contrato com alguns agricultores de localidades famalicences. "Falei com eles e, alguns, estão a deixar, nos campos agrícolas, uma faixa de dois metros em que não semeiam nada só para que, eu e a minha equipa, possamos treinar", refere”.

Que nunca as pernas lhe doam.

3 comentários:

  1. Engenhosa solução. É a chamada "cooperação agro-atlética", eheheh

    Abraço.
    FA

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  2. É assim, em Portugal!
    Para muitos autarcas é mais importante investir-se em projectos megalómicos e do betão e vão-se esquecendo, de serem tomadas iniciativas para fomentar a actividade desportiva.

    Um abraco
    José Xavier http://josexavier1.blogspot.com

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