terça-feira, 11 de maio de 2010

Passa o tempo, mudam-se as gerências, mas ficam os livros.

"Fundada em 1732 por Pedro Faure, a primeira Bertrand abriu portas na Rua Direita do Loreto.

Bertrand é hoje o nome da maior rede de livrarias em Portugal, integradas e estreitamente cooperantes no esforço de satisfazer as necessidades dos seus clientes. A expansão e modernização de que foi alvo abarcou todo o país continental e ilhas, contando já com uma superfície comercial que ultrapassa os 8.000 m2, mas a livraria pioneira continua aberta no Chiado, exibindo belas e características salas, um grande respeito pela sua tradição e, claro, uma ampla variedade de todos os tipos de livros. Muitos intelectuais e escritores passaram pelas suas portas e conviveram com os seus livros - livros que os inspiraram a escrever e a ler. Durante a sua longa História, foi muitas vezes o ponto privilegiado de discussões literárias e mesmo de tramas políticas. Hoje a Bertrand da Rua Garrett é um verdadeiro tesouro vivo e uma recordação única do notável e riquíssimo passado de Lisboa e, particularmente, do Chiado, um dos bairros mais emblemáticos e cosmopolitas da cidade. Situado entre o Bairro Alto e a baixa pombalina, o bairro é também o local de nascimento de Fernando Pessoa, provavelmente o maior poeta português do século XX.

Após o Grande Terramoto de 1755 o seu genro foi obrigado a instalar-se junto da Capela de Nossa Senhora das Necessidades, regressando, dezoito anos depois, à reconstruída baixa pombalina. A Rua Garrett passa então a fazer parte do itinerário cultural da cidade. Por ali passam e ficam, em conversa de amigos ou em acesas tertúlias, Alexandre Herculano, Oliveira Martins, Eça de Queirós, Antero de Quental e Ramalho Ortigão. Pela esquina de tão prestigiada livraria passava, na verdade, a História. À Rua Garrett chegou notícia da fuga de D. João VI para o Brasil, ali se cruzaram liberais e conservadores, mais tarde republicanos e democratas, por ali estávamos proibidos de invadir o cantinho de Aquilino Ribeiro, e ainda não há muito nos podíamos cruzar com Fernando Namora ou José Cardoso Pires. "

1732 é, também, o peso, em gramas, das minhas recordações da meia-maratona de Cortegaça.

Meia-maratona de Cortegaça que, mais uma vez este ano, sempre no segundo domingo do mês de Maio, se realizou no passado domingo.

De 1994 a 1999 foi assim:

De 2000 a 2005:

De 2006 a 2008.

À semelhança da meia-maratona de Ovar, esta foi outra prova que eu privilegiei durante muitos anos e à qual nunca faltei.

Em 2009, por ser muito chegada à maratona de Madrid, não estive presente. Este ano... bem, este ano, tem sido um ano para esquecer.

Vou vivendo entre as recordações de um passado não muito distante e a esperança num futuro que tarda em chegar. Com o peso de uma lesão que tarda em desaparecer e que vou procurando debelar. Resta trabalhar e confiar que o tempo a paciência façam o resto.

2 comentários:

  1. AMIGO BASTOS
    Já diz Pedro Abrunhosa "É PRECISO É TER CALMA,NÃO DAR O CORPO PELA ALMA",paciencia Amigo.Em relação a livros,vai-te entretendo com o Karnazes,já não e mau.
    Quanto a Cortegaça,mais valia se calhar não ter ido,pois o que vi logo no inicio,deixou-me a pensar a corrida toda e infelizmente quase no fim ao saber da noticia do falecimento do jovem ainda pior fiquei,mas como o POVO diz"É A VIDA".
    Rapida,mas com "tranquilidade"melhoras,pois 7 novembro e já ali
    Abraço
    ArtuRodrigues

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  2. Caro José Alberto;

    É bonito ver essas recordacões, e que lhe fizeram momentos felizes. Com calma e dar tempo à recuperacão em breve vai voltar a ter esses momentos felizes na corrida.

    Boa recuperação, é o meu desejo.
    Um abraço
    José Xavier

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