sábado, 4 de abril de 2009

A importância do descanso


Há coisas que todos nós atletas, melhores ou piores, já sabemos. Só que, muitas vezes, com a andar dos tempos, vamos neglicenciando determinadas regras.

Tenho por hábito, de vez em quando pegar na "Bíblia do atletismo" e recordar algumas ideias básicas. E, muitas vezes, levo um safanão. Não é que eu já tinha esquecido alguns princípios elementares!

Por isso, tomo a liberdade de partilhar/refrescar algumas ideias que retirei do site copacabana runners, de onde eu tenho retirado preciosos ensinamentos.

Assim, passo a citar:

"Você vai levar um choque! Os dias mais importantes no programa não são os de treinos duros, mas os quatro dias de treino leve, agendados para segunda-feira, quarta-feira, sexta-feira e sábado. Os dias de treino leve são de importância crítica, porque eles permitem que o organismo se recupere dos treinos fortes, e se adapte ao treinamento duro feito durante os outros dias da semana. Sem os dias leves, ou dias de descanso entre os treinos fortes, o treinamento irá lhe quebrar ao invés de torná-lo mais forte.
Descanso, ou dias leves, são a parte mais negligenciada de muitos programas. Geralmente os corredores são relutantes em descansar o suficiente entre os treinos fortes porque eles se preocupam em perder condicionamento. Eu era um exemplo perfeito disso durante o começo da minha carreira. Eu sabia sobre a filosofia de dias leves/fortes de Bill Bowerman, ex-treinador da Universidade de Oregon, mas pensava que "leve" significada não fazer trabalho de velocidade. Para mim, "leve" ainda era fazer dois treinos de 10 km por dia.

Depois de uma contusão do joelho direito, eu descansei por um mês. Quando retornei aos treinos, a dor no meu joelho continuou sinalizando. Por tentativa e erro, descobri que eu poderia treinar um dia e, se eu não corresse no dia seguinte, a dor no joelho não seria um problema. Com o tempo eu passei a correr nos dias leves, mas as corridas eram suaves e não excediam 40 minutos. Meu joelho não me incomodou novamente, e na primavera eu corri a Maratona de Boston 1978 em 2:15:04, e melhorei em 4 minutos a minha melhor marca.

Repare na Planilha 1 que os dias leves consistem em corridas de 30 a 40 minutos. Limitar as corridas leves a apenas essa duração é vital para permitir adaptação ao treino forte que você estará fazendo nos outros três dias na semana de treinos fortes. Resista à tentação de ir mais longe ou mais rápido nesses dias.

Se você não está certo do quão rápido deve correr nos dias leves, cheque a Planilha 2. Por exemplo, se você tem feito recentemente as corridas de 10 km em torno de 48 minutos (não se baseie no recorde pessoal a menos que seja a sua performance mais recente), a Planilha 2 sugere que nos dias leves você corra em um ritmo por volta de 6:35 min/km. (Por favor repare que nas corridas leves eu dei um ritmo sugerido. Está bem se você correr em um ritmo 10 ou 25 segundos para mais ou menos do que o ritmo sugerido.) Durante as corridas leves, cheque constantemente para saber se o seu ritmo está confortável e na faixa correta. Se você errar, erre para o lado mais devagar. Os treinos leves são opcionais. Se você não quiser correr porque está muito cansado, ou porque apareceu algo, não corra. Em algum ponto durante o progresso do seu programa de treinamento, a realidade de uma vida ocupada irá requerer que você pulo ou postergue um treino forte. Isso não é problema, desde que você resista à armadilha de tentar compensar ou substituir os treinos leves pelos fortes. Só porque os treinos leves são opcionais, não significa que o descanso dele ser pulado. Se você perder uma sessão de treino forte, mantenha o programa. Você ainda vai continuar melhorando seu condicionamento. Porém, se você pular o descanso, estará susceptível a contusões. Os dias leves também são uma boa ocasião para cross-training. Musculação, caminhada rápida e natação são atividades de cross-traininig benéficas aos maratonistas. Somente não faça demais. A idéia é que os dias leves sejam de recuperação e não para você ficar mais fatigado. "

2 comentários:

  1. Amigo José

    bem trazido este tema! Eu cá, sou um adepto do princípio da "recuperação" e só dar "porrada" ao organismo quando ele a "pede". A sobrecarga de treino, para além de não dar prazer fazê-la, desgasta em vez de potenciar as nossas capacidades.
    Grande abraço.
    FA

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  2. Feliz Páscoa.
    Cuidado com os doces, folares e outras iguarias. Agora dizem que faz mal. Porque é que se foram lembrar disso? Quando a gente não sabia não faziam mal. Ou não!
    Mas o que interessa é que este vosso amigo se lembrou de desejar uma boa Páscoa.
    Não h+a nenhum anexo com coelho que põem ovos, nem ovos de chocolate. Só mesmo a lembrança.

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